Tenho refletido um pouco sobre como poderíamos otimizar o turismo em nossa região. Ainda não cheguei a uma conclusão inédita, mas penso que o fato de pensar sobre o tema já seja o primeiro passo.
Tem-se falado muito sobre sustentabilidade, meio ambiente, turismo histórico, ecoturismo... Mas pouco se fala sobre como a população autóctone pode agir dentro desses temas. Criam-se mitos sobre caiçaras, intitulam-nos Populações Tradicionais, mas com qual objetivo? Em muitos estudos, essas denominações só têm servido para enrigecer práticas que na maioria das vezes não são tão relevantes para essas comunidades.
Nesse verão (2011), das quatro cidades do Litoral Norte, três estão com grandes projetos envolvendo shows populares a fim de entreter um público, muito mal definido por quem os idealizou. Achei ótimo esses empreendimentos, realmente estão movimentando nossas cidades, mas qual o retorno que receberemos quando o verão acabar? Onde estão os caiçaras durante a agenda de shows? AS adolescentes e jovens estão na promoção, mas todas? E OS adoslecentes e jovens? E os adultos? E os idosos? E as crianças?
Que tipo de preparo nossa população recebe, ou melhor, que tipo de preparo nós estamos buscando (porque não acho que devamos ficar esperando receber algo, isso não é ser cidadão, muito menos agente histórico) para receber os turistas, já que nossa região é considerada uma região marcada economicamente pelo turismo?
Nossas praias e muitas outras belezas naturais estarão sempre à disposição, mas e nós? Quem somos nós? O que estamos fazendo? O que estamos nos tornando?
Talvez a conclusão inédita que eu esteja procurando, eu encontre depois que o verão acabar, e nós finalmente encontrarmos cara-a-cara os caiçaras, seus lucros e seus prejuízos... Termino com uma visão otimista: esta caiçara que vos fala/escreve está à disposição para sugestões, porque amar o lugar em que vivemos já é inédito se pensarmos que a globalização tem nos transformado em cidadãos do mundo...
Um espaço para compartilharmos nossas experiências, sentimentos, conhecimentos e motivações em relação a nós mesmos: CAIÇARAS!
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Muito boa essa questão abordada Joice. A globalização e talvez os impulsos capitalistas, vem nos transformando em agentes que buscam apenas a conquista financeira, com isso vamos perdendo ou um pouco daquilo que realmente somos. Nessa caminha vamos esquecendo-se das nossas culturas e brincadeiras sociais que nos faziam sorrir e brincar enquanto se vivemos. CArlos Paiva
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